Skip to main content

Search

CÂNCER DE BEXIGA

CÂNCER DE BEXIGA

 

 

O câncer de bexiga é considerado o décimo tipo mais comum no mundo, com cerca de 500 mil novos casos a cada ano1. No Brasil, é um dos mais comuns do aparelho urinário, ocupando o sexto lugar entre os mais incidentes em pacientes do sexo masculino1, com idade aproximada de 65 anos. A estimativa anual até 2022 é que sejam diagnosticados 10.640 novos casos da doença no país, sendo 7.590 em homens e 3.050 em mulheres2. É importante ressaltar que o principal fator de risco é o tabagismo, que aumenta de 4 a 7 vezes a chance de desenvolvimento da doença1.

O câncer de bexiga (trato inferior) corresponde a 95% de todos os casos de carcinoma urotelial (UC), sendo os outros 5% dos carcinomas de trato superior2. O tipo mais comum é o de células de transição, mas há ainda os menos frequentes como carcinomas espinocelulares, o adenocarcinoma, o carcinoma de pequenas células e os sarcomas3.

Há duas características importantes que determinam o prognóstico: se o câncer é invasivo ou não invasivo3. O invasivo é mais difícil de ser tratado, já que se instala na camada muscular mais profunda da bexiga e se espalha mais facilmente3. Já o não invasivo não invade a camada mais profunda da bexiga e se instala no epitélio transicional - que reveste a bexiga urinária, o ureter e a parte superior da uretra3.

Sintomas

A presença de sangue na urina acontece em 37% a 62% dos pacientes, sendo o principal sintoma da doença4. Porém, esse sintoma pode ser confundido com causas inflamatórias, infecciosas e até com cálculos renais ou outras doenças benignas do rim5. Há ainda sintomas menos frequentes, como dor nas costas (região lombar), inchaço nas coxas, pernas e pés e presença de massa palpável na barriga4.

Em estágio mais avançado, o câncer de bexiga pode resultar ainda em emagrecimento4, fraqueza, impossibilidade de urinar e dor óssea5.

Diagnóstico

No caso dos homens, por exemplo, o médico nota um crescimento anormal da bexiga por meio de um exame de toque retal. Já nas mulheres, um exame ginecológico pode colaborar para o diagnóstico6.

Outros exames que fazem parte da investigação para a detecção do câncer de bexiga são os exames de urina, que indicam a presença de sangue, os exames de imagem, como o ultrassom de vias urinárias e a tomografia computadorizada4.

A cistoscopia, também conhecida como endoscopia da bexiga, é considerado o melhor exame para diagnosticar a doença porque permite a visualização do interior das vias urinárias por meio de um aparelho colocado na abertura da uretra4. Com aparelhos mais modernos, pode ser realizada em consultório, com anestesia local, sem causar dor ou incômodo4.

O rastreamento é indicado por alguns médicos para pessoas que fazem parte de grupo de alto risco, mesmo quando sem sintomas. São eles7:

Pessoas que foram previamente diagnosticadas com câncer de bexiga.
Pessoas que apresentaram determinados defeitos congênitos na bexiga.
Pessoas ocupacionalmente expostas a determinados produtos químicos

Tratamento

Uma abordagem multiprofissional, envolvendo médicos urologistas, radiologistas, oncologistas, enfermeiros, nutricionistas, assistentes sociais, psicólogos etc., é muito comum no tratamento do câncer de bexiga8. Além disso, atualmente existem diferentes alternativas de tratamentos mais eficazes nas quais a chance de cura também é grande especialmente quando realizado um diagnóstico precoce4.

Entre os tratamentos mais comuns estão cirurgia, terapia intravesical (com medicamentos que são administrados diretamente no interior da bexiga por meio de um cateter, provocando menos efeitos colaterais9), quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e terapia-alvo8. Esta última age de forma diferente dos quimioterápicos, combatendo principalmente as células tumorais e sendo menos suscetível a afetar as células saudáveis do corpo, causando menos efeitos colaterais10.

Referências

  1. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/mes-de-conscientizacao-sobre-o-cancer-de-bexiga-deteccao-do-cancer-de-bexiga-e-ainda-mais-desafiadora-na-pandemia/13759/7/
  2. BMC Cancer. 2015; 15: 149. Published online 2015 Mar 18. doi: 10.1186/s12885-015-1161-9
    PMCID: PMC4369352 
    PMID: 25886012
    Are urothelial carcinomas of the upper urinary tract a distinct entity from urothelial carcinomas of the urinary bladder? Behavior of urothelial carcinoma after radical surgery with respect to anatomical location: a case control study - Myong KimChang Wook Jeong,
  3. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sobre-o-cancer/656/120/
  4. http://sbu-sp.org.br/publico/cancer-de-bexiga/
  5. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sinais-e-sintomas-do-cancer-de-bexiga/1903/202/
  6. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/diagnostico/657/120/
  7. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/deteccao-precoce-do-cancer-de-bexiga/7566/202/
  8. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/tratamentos/658/120/
  9. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/terapia-intravesical-para-cancer-de-bexiga/1910/203/
  10. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/terapia-alvo-para-cancer-de-bexiga/1507/203/