Skip to main content

Search

Empatia é determinante dentro da relação médico-paciente

Empatia é determinante dentro da relação médico-paciente

Conviver com o vírus HIV e ter que lidar com estigma da doença, não é fácil. O acolhimento médico e a atenção profissional são determinantes para que um paciente soropositivo continue o tratamento.

Recentemente, o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e Aids (UNAIDS) divulgou uma pesquisa que revelou que 15,3% dos portadores de HIV entrevistados, em um universo de 1,8 mil, sofreram algum tipo de discriminação por parte de profissionais da saúde. Entre os atos mais comuns estão esquivamento do contato físico e quebra do sigilo, sem consentimento sobre a condição de saúde do paciente.

Melissa Medeiros, infectologista e especialista em psiquiatria, reconhece que existe um esforço por parte da maioria dos profissionais de saúde em acolher os pacientes soropositivos. Mas, embora os profissionais sejam preparados para lidar com diversas situações, isso nem sempre acontece. Por estarem sobrecarregados, muitos médicos acabam precisando focar mais no tratamento das comorbidades, deixando em segundo plano a saúde mental dos pacientes. 

Para a médica, o apoio psicológico é fundamental para que os pacientes sigam em frente positivamente e percebam que o diagnóstico não é uma sentença de morte, se o tratamento for realizado de maneira correta. “A ciência evoluiu, assim como os medicamentos. Hoje o HIV pode ser controlado da mesma forma que outras doenças como diabetes e hipertensão. Porém é preciso que haja comprometimento do paciente com o tratamento, se isso for realizado da maneira correta, o portador poderá levar uma vida praticamente normal”, conclui.