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Psoríase na Infância

Psoríase na infância: cerca de um terço dos adultos manifesta a doença antes dos 16 anos

Diagnóstico correto nessa faixa etária ainda é um desafio para pacientes


A psoríase é uma doença crônica, sistêmica e mediada pelo sistema imunológico. Embora seja mais comum em adultos, cerca de um terço dos pacientes diagnosticados identificaram a condição antes de completar 16 anos. A doença não tem sua causa completamente esclarecida, porém, em crianças e adolescentes, a psoríase costuma se associar a gatilhos como a faringite, estresse e traumas.


Características da doença em crianças

Nesta faixa etária, além da apresentação clássica da doença, na forma de placas avermelhadas que descamam, a psoríase pode se manifestar com aspecto de pequenas gotas, variante chamada de gutata. As lesões de psoríase nesta população costumam ser mais finas e menos descamativas que as dos adultos, e a coceira pode ser um achado muito relevante.

A Psoríase na infância e adolescência pode ser diagnosticada erroneamente como dermatite

A doença pode ser caracterizada como leve ou moderada-grave. Os tratamentos mais comuns são os tópicos, principalmente à base  de corticoides e emolientes, fototerapia, comprimidos imunossupressores, retinoides e medicamentos biológicos. Estes últimos são compreendidos como uma classe de tratamento mais recente que é capaz de atenuar a inflamação da psoríase de forma mais específica, com eficácia e segurança documentadas através de diversos estudos.   


Quem faz o diagnóstico?

O médico dermatologista é o profissional apto a fazer o diagnóstico de psoríase. A idade de surgimento das lesões costuma ser entre os 7-12 anos e, por desconhecimento dos pais ou responsáveis, o quadro pode permanecer sem diagnóstico e tratamento por vários anos. Por vezes, são usadas medicações caseiras sem orientação médica. Esta demora pode impactar não apenas na persistência dos sinais e sintomas físicos, mas refletir também no comportamento, uma vez que pode gerar isolamento social decorrente de bullying, ansiedade e depressão. A doença também pode afetar o sono, principalmente devido à coceira. Além disso, pode se associar a comorbidades semelhantes àquelas dos adultos como obesidade, hipertensão, diabetes, artrite psoriásica e Doença de Crohn.