A Vida Merece Um Fôlego
A Vida Merece Um Fôlego
Como anda sua respiração? Respirar é um ato que realizamos o tempo todo sem pensar. A gente não reflete na hora de pegar fôlego para soprar a vela do aniversário, suspirar por amor, respirar fundo para criar coragem ou acalmar-se em uma situação tensa. Mas respirar pode ser difícil para algumas pessoas, com pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP).
A campanha A Vida Merece Um Fôlego é dedicada à conscientização sobre a HAP e ao empoderamento na busca por melhor qualidade de vida. Seu símbolo é a borboleta, que representa um novo fôlego, um novo começo – que os pacientes ganham com o diagnóstico cada vez mais precoce e ao encontrarem e aderirem aos tratamentos adequados.
O QUE É HAP?
É uma doença rara, crônica, progressiva, incapacitante que acomete os pequenos vasos sanguíneos da circulação pulmonar. Faz com que as artérias pulmonares (que realizam a comunicação entre coração e pulmões) estreitem, causando o aumento da pressão arterial nos pulmões e a dilatação do coração, podendo resultar em falha cardíaca e morte1.
CAUSAS DA HAP
São muitas as possíveis causas da HAP. A doença pode ser hereditária, induzida por medicações, drogas ou toxinas, associada a outras doenças ou ainda ser idiopática (sem origem identificável)2. Entre as doenças que podem estar associadas à HAP estão doenças do tecido conjuntivo (como esclerodermia ou lúpus), vírus da imunodeficiência humana (HIV), doenças cardíacas congênitas e esquistossomose ou outras doenças crônicas do fígado2.
SINTOMAS DA HAP
A HAP leva à falha cardíaca que, por sua vez, relaciona-se com falta de ar (dispneia), mal-estar, fadiga, intolerância a exercícios (em alguns casos, não é possível suportar sequer uma caminhada de dois quarteirões ou subir um lance de escada), tontura, síncope (desmaio, sobretudo em pessoas jovens), palpitações e cianose (coloração azulada ou arroxeada na pele)3.
HAP: UMA DOENÇA RARA
Estima-se que haja cerca de 5 mil pessoas com HAP no Brasil4. Na Europa, a prevalência é de 5 a 10 casos por milhão de adultos5. Em todo o mundo, a doença é mais comumente diagnosticada em mulheres com idades entre 30 e 60 anos6.
As dificuldades de diagnóstico (devido ao fato de os sintomas serem comuns a outras condições respiratórias, pulmonares e cardíacas) levam a crer que a HAP seja subnotificada7.
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DA HAP?
Os primeiros sintomas da HAP são leves e comuns a outras condições respiratórias mais frequentes ou conhecidas que limitam a capacidade de respirar, como a asma8. Isso dificulta e frequentemente atrasa o diagnóstico. É preciso que o médico conheça a doença e avalie o conjunto de sintomas para suspeitar e diagnosticar a HAP ou encaminhar para um centro especializado no diagnóstico e manejo da HAP.
Para chegar ao diagnóstico, além da história clínica (sinais e sintomas que o paciente menciona), é necessário realizar testes para avaliar o coração, como ecocardiograma, e o pulmão, descartando outras doenças mais comuns. Finalmente, o cateterismo cardíaco direito é necessário e fundamental para fechar o diagnóstico9.
O principal problema de um diagnóstico tardio é a demora do início do tratamento. Como os sintomas da HAP costumam ocorrer quando a doença já progrediu, mais de 70% dos pacientes estão em risco intermediário no momento em que recebem a notícia de que têm Hipertensão Arterial Pulmonar10.
AS QUATRO CLASSES FUNCIONAIS DA HAP
TRATAMENTO PARA A HAP
A Hipertensão Arterial Pulmonar não tem cura6 – logo o tratamento tem como objetivos a melhora dos sintomas e da qualidade de vida do paciente bem como a contenção do avanço da doença.
As terapias tradicionalmente incluem abordagens convencionais, como a oxigenoterapia (oxigênio extra para elevar os níveis do paciente a patamares saudáveis), e medicamentos anticoagulantes e/ou diuréticos6, dependendo de cada caso.
Outra forma de tratamento a que o paciente pode ser submetido consiste no uso de terapia combinada.