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LINFOMA

LINFOMA

 

 

O termo linfoma é utilizado para caracterizar alguns tipos de cânceres que se iniciam nos linfócitos, células que desempenham um papel crucial no funcionamento do sistema imunológico¹. Os linfomas são divididos em dois principais tipos – Linfoma de Hodgkin e Linfoma não-Hodgkin. Os dois são distintos e se comportam de maneira bastante diferente, inclusive na resposta aos tratamentos2.

O linfoma não-Hodgkin pode acometer qualquer idade, mas é um dos tipos de câncer mais frequentes em crianças, adolescentes e jovens adultos3. No entanto, o risco de desenvolvimento da doença aumenta com o avanço da idade³. Até 2022, a estimativa é de 12.030 novos casos da doença, sendo 6.580 em homens e 5.450 em mulheres3.

Ao longo da vida, aproximadamente um em cada 41 homens e uma em cada 52 mulheres podem desenvolver Linfoma não-Hodgkin3. Também estima-se que, com o envelhecimento da população brasileira, haja um aumento no número de casos da doença nos próximos anos3.

O linfoma não-Hodgkin pode afetar os linfócitos B ou linfócitos T e pode ser dividido em indolente, quando cresce e se espalha mais lentamente, ou agressivo, quando ocorre justamente o oposto. Existem ainda alguns linfomas não-Hodgkin que não se encaixam perfeitamente nessas categorias, como é o caso do linfoma de células do manto, que pode apresentar características indolentes e também agressivas, dependendo das alterações genéticas que as células cancerígenas apresentem4.  

Os linfomas não-Hodgkin são divididos em alguns tipos conforme características específicas, como tipo de linfócito envolvido, as alterações genéticas sofridas, presença de proteínas na superfície da célula cancerígena e aparência dessa célula ao microscópio4.

O linfoma de células do manto, por exemplo, representa 5% dos casos de linfomas e possui como característica células de tamanho pequeno ou médio. É mais frequente em homens, com idade média de 60 anos, e é de difícil tratamento apesar de não possuir um crescimento rápido5.

Outro exemplo é o linfoma de zona marginal, que representa de 5% a 10% dos casos de linfoma. Suas células têm aparência bem pequena ao microscópio e possuem crescimento mais lento5.

Mais raro ainda é a Macroglobulinemia de Waldenstron, que representa apenas de 1% a 2% de todos os linfomas5, e cresce principalmente na medula óssea, afetando as células chamadas linfoplasmocíticas6.

Sintomas

Os linfomas não-Hodgkin podem ocasionar diferentes sinais e sintomas, dependo do tipo de linfoma e da região em que a doença está localizada. Porém, os sintomas mais comuns aos diferentes tipos da doença são7:

Aumento dos linfonodos

Inchaço no abdome

Perda de peso sem causa aparente

Fadiga

Calafrios

Pressão ou dor no peito

Sensação de saciedade após uma pequena refeição

Falta de ar ou tosse

Infecções graves e frequentes

Febre e sudorese noturna (em alguns casos)

Diagnóstico

Muitos sintomas do linfoma não-Hodgkin se confundem com os de outras doenças, como infecções ou outros tipos de cânceres. A maioria das pessoas com linfoma não-Hodgkin consulta um médico porque percebe um linfonodo aumentado há algum tempo, apresenta algum sintoma específico ou simplesmente por não se sentir bem e querer realizar uma avaliação geral. Caso o profissional suspeite de um linfoma, poderá pedir alguns exames para confirmação e checar o estadiamento da doença8.

Os principais exames para confirmação do diagnóstico envolvem a análise da biópsia por um patologista (imunohistoquímica)9, citometria de fluxo e testes cromossômicos por diferentes técnicas como citogenética, FISH ou PCR. Exames de imagem também podem ser solicitados para estadiamento da doença, sendo eles radiografia de tórax, tomografia computadorizada, ressonância magnética, ultrassom, tomografia por emissão de pósitrons (PET) e cintilografia óssea10.

Tratamento

Para que se defina o tratamento do paciente com linfoma não-Hodgkin, é necessário conhecer o subtipo de linfoma (ex. manto, folicular, etc), saber o estágio da doença e o quadro clínico geral do paciente11. Com essas informações, o médico poderá optar por quimioterapia, imunoterapia, terapia-alvo, radioterapia, transplante de células-tronco e, em casos muito raros, cirurgias11-12. Para entender mais sobre as opções terapêuticas é fundamental que o paciente converse com o médico e, juntos, decidam pela melhor forma de percorrer essa jornada.

Referências:

  1. https://vencerocancer.org.br/tipos-de-cancer/linfomas-tipos-de-cancer/linfomas-o-que-e/
  2. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sobre-o-cancer/78/51/
  3. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/estatistica-para-linfoma-nao-hodgkin/7771/52/
  4. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/tipos-de-linfoma-nao-hodgkin/1016/52/
  5. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/tipos-de-linfomas-nao-hodgkin-de-celulas-b/12258/52/
  6. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sobre-o-cancer/5896/788/
  7. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sinais-e-sintomas-do-linfoma-nao-hodgkin/1017/310/
  8. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/biopsia-do-linfoma-nao-hodgkin/1019/310/
  9. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/exames-para-diagnostico-do-linfoma-nao-hodgkin/1020/310/
  10. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/exames-de-imagem-para-diagnostico-do-linfoma-nao-hodgkin/1021/310/
  11. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/tratamentos/1014/51/
  12. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/transplante-de-celulas-tronco-para-linfoma-nao-hodgkin/7781/311/