O Mieloma Múltiplo é um tipo de câncer hematológico raro que afeta a medula óssea e prejudica a produção das células sanguíneas essenciais para o bom funcionamento do sangue, rins e ossos (as células brancas, conhecidas como "leucócitos"*).
Na doença, que não tem causa conhecida, uma mutação nas células chamadas 'plasmócitos'* (derivadas de leucócitos específicos e responsáveis por produzir anticorpos que combatem vírus e bactérias) faz com que elas se multipliquem de forma desordenada, se acumulando e comprometendo a produção de outras células sanguíneas. A doença pode surgir em qualquer idade, mas afeta principalmente pessoas idosas e, mesmo sendo considerada uma doença incurável, é passível de tratamentos. O quanto antes eles forem iniciados, maiores serão as chances de o paciente usufruir de mais qualidade de vida. Uma das principais características do Mieloma Múltiplo é que sua malignidade vai se fixando nos ossos, o que pode causar dores ósseas.

• *Leucócitos: Também chamados de glóbulos brancos, os leucócitos são células especializadas em defender nosso corpo contra organismos estranhos.
  *Plasmócitos: são células que produzem anticorpos, gerados na medula óssea.

O MIELOMA MÚLTIPLO EM DADOS
O Mieloma Múltiplo é o segundo tipo de câncer hematológico mais comum no Brasil e a maioria dos casos ocorrem após os 50 anos (aproximadamente 3% dos casos). A idade média do diagnóstico no país é de 65 anos. Abaixo, confira o panorama sobre a doença e os tratamentos no Brasil:

SINAIS E SINTOMAS DO MIELOMA MÚLTIPLO
Alguns dos principais sintomas do Mieloma Múltiplo podem passar despercebidos para grande parte das pessoas - e, por isso, a conscientização sobre a doença é o primeiro passo para um diagnóstico precoce.

• Baixa imunidade, dor frequente nas costas (principalmente região lombar), perda e dores ósseas (peito, costas e costelas), predisposição a infecções, sintomas de anemia (cansaço, fraqueza e palidez), alterações renais e aumento do cálcio são sintomas que podem ser indicativos.

 

FATORES DE RISCO PARA O MIELOMA MÚLTIPLO
O mieloma múltiplo pode ser causado por fatores genéticos ou ambientais, mas fazer parte dos chamados "grupos de risco" não é determinante para o desenvolvimento da doença. Alguns desses fatores são:

• Idade: no Brasil a doença é mais frequente em pessoas com mais de 65 anos (menos de 1% dos casos são diagnosticados em pessoas com idade inferior a 35 anos);

• Gênero: Os homens são mais propensos a desenvolverem a doença. A incidência varia de aproximadamente 0,5-1/100.000 entre asiáticos até no máximo 10-12/100.000 entre homens negros;

• Histórico familiar: apesar da grande maioria dos pacientes não terem parentes diagnosticados, ela pode ser hereditária. Ter pais ou irmãos com mieloma aumenta as chances de desenvolver a doença.

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DO MIELOMA MÚLTIPLO
Um acompanhamento médico de rotina, por meio de check-ups anuais, por exemplo, é uma forma eficaz para antecipar possíveis problemas e tratá-los de forma precoce: quanto mais cedo a doença for identificada, maiores são as chances de um tratamento bem-sucedido. Em casos de suspeita do Mieloma Múltiplo, alguns passos são essenciais para a investigação:

• História clínica completa com investigação dos sintomas iniciais;

• Exames físicos para busca de sinais indicadores de lesão no órgão afetado pela doença;

• Exames laboratoriais (de sangue, urina, aspirado de medula óssea e de imagem), exames para identificação de órgão afetado pela doença e outros exames solicitados de acordo com o médico responsável.

O PAPEL DO HEMATOLOGISTA PARA O DIAGNÓSTICO DO MIELOMA MÚLTIPLO
O hematologista é o especialista que estuda o sangue e todas as doenças relacionadas a ele, incluindo o Mieloma Múltiplo, e é o responsável pelo diagnóstico e pela indicação da melhor abordagem terapêutica para cada paciente. Esse profissional é essencial durante toda a jornada de cuidados do paciente, visto que ela se baseia também em uma relação de confiança e proximidade entre especialista e paciente.

OS TRATAMENTOS PARA O MIELOMA MÚLTIPLO
São definidos pelo especialista responsável pelo caso e podem variar de paciente para paciente. Algumas das abordagens mais utilizadas para o tratamento do Mieloma Múltiplo no Brasil são a quimioterapia, a administração de corticoides, transplante autólogo de medula óssea e imunoterapias variadas.

 

CONHEÇA A HISTÓRIA DE ELVYS,
UM PROFESSOR DO PARÁ QUE RECEBEU O DIAGNÓSTICO DE MIELOMA MÚLTIPLO APÓS UMA SPERIE DE EXAMES E O OLHAR CUIDADOSO DE SUA FILHA, QUE O LEVOU ATÉ UM HEMATOLOGISTA, ESPECIALISTA EM DOENÇAS QUE AFETAM O SANGUE.

VIVENDO COM O MIELOMA MÚLTIPLO
O diagnóstico não precisa ou deve ser lido como uma sentença: existem formas de viver com a doença e usufruir de longevidade e bons momentos após isso. A ciência é nossa aliada durante a jornada, prevendo tratamentos tecnológicos capazes de controlar a doença, retardar sua progressão e, ao reduzir os sintomas, melhorar a qualidade de vida.

Março é considerado o mês da conscientização sobre o Mieloma Múltiplo, instituído pela International Myeloma Foundation (IMF). Durante esse mês, aproveitamos para reforçar nosso papel na disseminação de informações que ajudem profissionais da saúde e pacientes a reconhecerem a doença e a iniciarem, juntos, uma jornada de tratamentos que possa fazer a diferença, unindo inovação e ciência para uma vida melhor.

Para isso, lançamos a campanha "Múltiplas Chances para a Vida - Movimento de atenção ao mieloma múltiplo", em parceria com a ABHH (Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular) e associações de pacientes.

Juntos, construímos uma #SaúdeSemPausa
para os pacientes com câncer.

Para saber mais sobre nossa atuação no manejo dos cânceres hematológicos (linfomas, leucemia e mieloma múltiplo) e cânceres sólidos (pulmão, bexiga e próstata), acesse:

 

 

 

Este conteúdo tem fins apenas informativos e não pretende substituir a opinião e diagnóstico médico especializado. Procure um especialista caso você note alterações ou apresente sintomas.

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